Expocannabis Brasil compensa as emissões de carbono geradas durante a feira com o cultivo de cannabis realizado por uma associação

Evento adota metodologia global para calcular e neutralizar emissões de gases de efeito estufa e promete repetir ação em 2024

A ExpoCannabis Brasil, realizada no São Paulo Expo, deu um importante passo em direção à sustentabilidade ao compensar suas emissões de carbono. O evento adotou uma metodologia reconhecida mundialmente para quantificar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na primeira edição do evento, realizada em 2023, e com a ajuda da associação Cultive compensou suas emissões através de um cultivo de cannabis legal no Brasil.

Segundo cálculos realizados pela empresa T2H Ambiental, a organização do evento emitiu 2,95 toneladas de CO2. Para colocar esse número em perspectiva, seria o equivalente a dirigir um carro comum por aproximadamente 21 mil quilômetros, ou seja, quase 5 vezes a distância entre Porto Alegre até Manaus.

“Foi utilizada uma metodologia consagrada pelo GHG Protocol para quantificar o potencial de fixação de CO2 pela planta da Cannabis Sativa sp. Com base nas informações disponibilizadas pela Associação, foi determinado que cada hectare plantado com Cannabis tem potencial de fixar cerca de 15 toneladas de CO2 ao longo de um ano. Com base nesse potencial, foi calculado que a associação fixou cerca de 3,20 toneladas de CO2 nos seus plantios em 2023, isso representa cerca de 110% das emissões da ExpoCannabis em 2023”, explicou o Engenheiro Ambiental Tiago Luis Haus, sócio-diretor da T2H Ambiental.

A metodologia aplicada, conhecida como inventário de emissões de gases de efeito estufa, permitiu quantificar as emissões de CO2 equivalente do evento de 2023. Haus explica que o inventário sempre é feito com base no ano anterior. “O GHG Protocol disponibiliza a ferramenta para realizar os cálculos sempre no ano seguinte, Em fevereiro, geralmente, eles disponibilizam essa planilha para que possamos calcular as emissões”, explica.

O sucesso na compensação das emissões em 2023 incentivou a organização a repetir a iniciativa na ExpoCannabis Brasil 2024. Haus destaca a importância desse processo para a redução da concentração de dióxido de carbono na atmosfera. “O CO2 é um dos vilões do aquecimento global. Se só emitirmos e não sequestrarmos novamente, essa concentração aumenta ao longo dos anos, comprometendo o comportamento térmico do planeta. A grande vantagem de fazer o inventário é saber o número necessário para a compensação e buscar essa compensação”, disse

Além da compensação de carbono, a ExpoCannabis Brasil adota outras práticas sustentáveis. O São Paulo Expo, local do evento, implementa processos de reaproveitamento e valorização de resíduos. “A ExpoCannabis organiza todas as ações sustentáveis em um relatório de sustentabilidade, incluindo o reaproveitamento de resíduos e o incentivo ao transporte solidário”, explica Haus.

Os relatórios técnicos gerados pela T2H Ambiental serão disponibilizados aos organizadores e participantes do evento, garantindo transparência e comprometimento com a sustentabilidade. Com essas iniciativas, a ExpoCannabis Brasil não apenas promove a conscientização sobre a importância da sustentabilidade, mas também demonstra que eventos de grande porte podem ser realizados de maneira ambientalmente responsável.

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